Arte: Betonnasi e Ricardo Cidade





Outro dia estava vendo uma materia onde se chegava a uma ideías de como teria sido Jesus. Realmente. Nada daquela figura magrela, frágil e meio alezada que nos mostram. Nada de um parmalat, loirinho de olhos azuis como tem dependurado em muitas casa por aí. Seria muito mais provável Cristo ser negão que ariano....Jesus ao que tudo indica era um cara bem mais queimadão de sol, com uma lapa de nariz considerável, seguindo a etnia predominante da região. Também era forte. Malhado mesmo e sem apelar pra bomba. O cara era trabalhador braçal gente. Carpinteiro..esqueceu? E tinha que ser forte mesmo, pra aguentar tomar tanta porrada...
Relembrando a escolha do novo Papa. Mas pelo que foi visto, tudo pareceu ser de uma politicagem medonha. Não sei se é baixaria feito eleição de síndico, mas não me surpreenderia se fosse....E além de tudo ainda querem fazer o finado de Santo, na tora!
Pra mim o Papa poderia ser oriundo até dos infernos que eu não tô nem aí.. Mas argentino seria difícil de engolir... Se bem que este Cardeal argentino parece ser um sujeito diferente... Anda de buzú, mora num quarto e sala e dispensa as mordomias do clero... Olha aí, quem sabe ele não tem um dupla nacionalidade???...Seria menos mal.
Eu é que não quero conta com intermediários. A não ser que o grande todo poderoso apareça na minha frente e diga:
- Ô cara, vc deve respeitar e obedecer otariamente a este sujeito aqui porque ele é o meu indicado apesar de viver encostado as custas da fé dos outros, dar uma comidinha no coroinha entre outras coisas... Mas assim é minha vontade e você deve se resignar...Afinal de contas fui eu que criei você e esta pôrra toda!Fuiiii.......
Certa estava minha vó que não deixou me batizar. Ela até ia pra Igreja dava a rezadinha dela sozinha e pronto...Mandava todo mundo tomar na hóstia.... Passou a ter horror a Padre, Madre e afins, depois de ter colocado minha mãe num colégio interno e ter descoberto que as freiras faziam ela de empregada pra puxar o saco das meninas ricas do internato.
Enfim outra coisa...se eu não sou católico porque tenho que pagar um imposto a esta turma quando compro um imóvel aqui em Salvador? Isto por um acaso não seria incosntitucional? Impor contribuir com algo que eu tenho a maior nojo? Olha deixa eu calar minha boca senão podem me jogar na fogueira...
Humm... Falando em fogueira eu imaginava que a tal Fogueira Santa era um lance onde eu ia lá e jogava minha conta de luz, de condomínio, de telefone, as faturas, carnês e tudo se queimava em nome do Senhor que imediatamente deixaria tudo pago. He he he. Que cara de pau! Que povo otário! Tem mais que se fu... mesmo... De mim ou botam uma arma na minha cara e tomam minha grana ou nada feito!
Lembrando da Indicação do Papa "Chico" Bento 16
COmo bem lembram, deu alemão na corrida papal (não confunda com corrida pra pau, please!)... Joseph Ratzinger é o homem, O "The Boss" (boss tá bom???)... O grande dragão Branco...O que esperar dum papa Alemão? Bom pela idade avançada esperam que ele morra logo... (ops, escapou!)
Será que alguém acreditava realmente que os caras iam passar esta bola prum cucaracho???
Pelo que eu estava lendo ele foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano por 23 anos. Ouvi que na idade média era o Tribunal de Inquisição...que coisa. Será que vão implantar a tal fogueira santa no Vaticano?
Estava vendo os feitos do cara em sua biografia:
Foi Soldado alemão (fez parte da Juventude Hitlerista ao que parece)... Desertou quando o bicho pegou.
Dispensou o Boff...No bom sentido, é óbvio. Tô falando Do ex Frei Leornardo Boff - aquele da teologia da libertação- que tomou um cala boca do então Cardeal Ratzinger.
É contra os métodos contraceptivos, incluíndo a camisinha.
Contra casamento de homossexuais
Contra o feminismo
Contra a masturbação ( Maldito!!!)
Mas por outro lado o cara fala trezentos idiomas e tem milhões de doutorados...Enfim é um papa.
Um amigo meu roqueiro tava me lembrando que há a alguns anos o Chico Bento 16, divulgou algumas músicas não poderiam ser ouvidas por católicos de verdade, por conterem mensagens do demo.. Estavam composições dos Beatles, Pink Floyd, etc...
Mas afinal pq a tal fumaça branca quando se anuncia o novo Papa? Não era mais rápido passar um fax ou um e-mail? Ouvi uma piadinha dum sujeito na rua dizendo que a tal fumaça preta é porque os caras ficam fumando maconha lá dentro entocados. Aí tem uma hora que tem que liberar o barrufo... Branco é quando estão fumando crack... Deus é mais! Tisconjuro, seu herege maldito.
Artistas baianos falam sobre processo criativo e a influência das raízes regionais em seus trabalhos*
A Bahia, especialmente Salvador, sempre teve bens culturais e artistas elogiados no Brasil e no exterior. É o caso dos tropicalistas, do João Gilberto precursor da Bossa Nova, do cineasta Glauber Rocha, pra citar alguns famosos. Para além da música e do cinema, também há expoentes no teatro, na literatura e na dança.
Menos reconhecido pelo público baiano, os quadrinistas do estado vêm conseguindo destaque com publicações de circulação nacional. Como muitos dos artistas baianos de sucesso, alguns deles reverenciam as raízes baianas em seu trabalho.
Antonio Cedraz é um desenhista veterano ganhador do Trófeu HQ Mix, uma espécie de Oscar dos quadrinhos nacionais, e é um dos poucos quadrinistas baianos que possui estúdio próprio e funcionários.
Apesar de ter tido experiências com diferentes publicações e personagens, é o seu personagem Xaxado, publicado em tirinhas e livros, que têm lhe proporcionado maior sucesso no Brasil e premiações. “"Xaxado pertencia a uma turminha de uma revista que eu fazia há muito tempo. Quando o Jornal A Tarde me pediu um personagem para o caderno Notícias, eu me lembrei dele e comecei a fazer a história acontecendo no Nordeste. Aí que ele começou a ter receptividade”, conta o autor.
As tirinhas do Xaxado sempre trazem temáticas ligadas ao cotidiano do sertanejo e traduzem a motivação do autor em retratar o cotidiano do sertão baiano. “Queria um personagem que fosse brasileiro. Como sou nordestino, quis valorizar a cultura daqui e contar histórias que aconteceram comigo, quando morava no interior”, afirma Cedraz, que utiliza suas memórias como principal fonte de inspiração para as histórias do personagem.
Outro autor baiano que investe em histórias em quadrinhos que tem a Bahia como cenário é Flávio Luiz. O cartunista e quadrinista também possui troféus HQ Mix em sua estante, além de premiações por seus cartuns. No dia 7 de outubro ele lançou em Salvador o álbum Aú, o Capoeirista, que narra as aventuras de um corajoso capoeirista no Pelourinho. No entanto, Flávio Luiz se preocupa mais em criar uma boa história do que falar de temas regionais. Como ele diz, “essa coisa de falar do traço baiano, do desenho baiano e do quadrinho baiano é uma preocupação menor diante de apresentar um trabalho que seja feito com profissionalismo. É desnecessário querer sempre enaltecer o nosso lugar de origem”. Para manter a qualidade e a inspiração, Flávio faz pesquisas detalhadas de cenários e personagens. Atualmente, Flávio está em turnê nacional com o álbum do personagem Aú.
Segundo Caó Cruz Alvez, cartunista e animador baiano, há um “lado universal da Bahia, que todos conhecem” e que ele coloca em seus trabalhos. Ele se refere a elementos como o Farol da Barra e a estátua de Castro Alves, que ele manipula em seus filmes de animação e cartuns para provocar humor. Caó foi o primeiro baiano a lançar um livro com quadrinhos, uma coletânea de tirinhas do seu personagem, O Porco com Cauda de Pavão, que era publicadas desde 1978. “Naquela época existia muita censura, sobretudo política. Depois de criar vários personagens que tiveram suas carreiras interrompidas pelo editor, me veio a idéia de criar um personagem meio bizarro, surrealista e que ninguém entendia, mas cheio de crítica a ditadura da época”, conta. As tirinhas de Caó fizeram muito sucesso e ele recebeu convites para publicá-las na França. Recentemente, o autor tem transposto as histórias em quadrinhos realizadas nos anos 70 e 80 para animação, preservando muitas nuances da linguagem quadrinista.
Wilton Bernardo, quadrinista baiano criador da Oficina HQ, crê que existe uma liberdade criativa muito forte tanto na Bahia quanto no Brasil. “Quando pensamos no mercado de quadrinhos do Japão, conseguimos imaginar as possibilidades estilísticas, digamos assim. Se pensamos em Brasil podemos até pensar que não existe um estilo tão expressivo, já que não temos uma linha tão unificadora, mas ao mesmo tempo, se prestarmos atenção aos nossos artistas, veremos tanta coisa diferente. Temos muitos talentos que fazem produções autorais”, comenta quando perguntando sobre os criadores locais. Wilton disse ter um projeto que envolve suas raízes baianas e que pretende lançar logo que possível.
Um veterano fanzineiro baiano, Marcos Franco, criou uma personagem bastante conhecida nos meios independentes dos quadrinhos: a super-heroína Penitência. Ela é natural de Cachoeira onde, quando era humana, enfrentava os latifundiários nos fins do século XIX. Após ser assassinada, retornou à vida como uma entidade mística para combater injustiças em solo baiano. O autor revela suas influências: “Eu sempre me inspiro e trabalho retratando aspectos do contexto político, histórico, geográfico, religioso e cultural do nosso país. Como sou baiano as influências do estado se tornam ainda mais evidentes”.
Assim como existem os autores que se aproximam de suas raízes, há os quadrinistas baianos que lutam por sua arte sem sair da Bahia, mas que não referenciam o estado nos quadrinhos feitos.
Naara Nascimento, estudante da Escola de Belas Artes da UFBa, declara "Não me prendo muito ao lugar que me cerca. Nunca pensei em nenhuma referência regional". Contrariando ainda mais o processo criativo da maioria dos autores baianos, ela diz que não costuma planejar roteiros ou quantificar as referências pesquisadas. “"A partir do tema eu começo a pensar sobre o que posso fazer. Depois, vou treinando o desenho até me aproximar da idéia que tive”. Naara tem seu trabalho em quadrinhos publicado na revista paulista Subversos e terá quadrinhos na revista Front.
Mais distante ainda de possíveis temas e de estilo regionais está o quadrinista feirense Antonio Jesus da Silva. Ele é um dos fundadores do Studio Fúria, que já tem dois títulos lançados de forma independente, e já viajou pra fora da Bahia para vender as revistas. Para Antonio, o mais importante em seus quadrinhos é ater-se “a aspectos humanos como as dúvidas e os desejos sentidos”, mesmo nos contextos das histórias de fantasia que ele cria, desenhados em estilo mangá.
Embora os quadrinhos baianos não sejam de uma tradição artística que possa ser definida, os autores baianos são cada vez mais respeitados pelo seu trabalho, principalmente fora da Bahia. Talvez, como os Doces Bárbaros, estes quadrinistas e outros que virão possam “preparar a invasão” da sétima arte baiana nos corações brasileiros.
Marcelo Lima e João Araújo
Contato: marcelocaterpillar@gmail.com
Para saber mais sobre os quadrinistas baianos, acessar os links:
http://www.projetocontinuum.com/2008/11/feras-da-hq-baiana-parte-1.html
http://www.projetocontinuum.com/2008/11/feras-da-hq-baiana-parte-2.html