27.10.11

Um retumbante tapa na cara do quadrinho nacional


Ok, já faz tempo que eu gostaria de tratar de alguns temas que vou comentar neste post e acredito que este seja o momento ideal.

Quem me acompanha no Twitter sabe que volta e meia, desço numa livraria aqui próxima do meu trabalho para ver quais são as novidades relacionadas a quadrinhos. Devo confessar que na grande maioria das vezes nunca levo nada, porque o preço dos álbuns de luxo andam bem salgados, mas é sempre legal folhear algumas coisas de qualquer forma.
Pois bem, esta semana, ao chegar na área de quadrinhos, qual não foi minha surpresa ao descobrir que a mesma foi… digamos, deslocada para a área INFANTO-JUVENIL!
Exato. É isso mesmo que você leu! EisnerCrumbManaraSpiegelmanCrepax… tudo foi jogado para a área infanto-juvenil, onde a criançadinha pode ler e se divertir a valer.
O sentimento subsequente a um momento assim, pelo menos pra mim seria o de chateação ou revolta, mas quer saber… dessa vez alguma coisa mudou. Uma nova fichinha caiu no meu cérebro e me fez pensar o seguinte:
 
Mas por que diabos seria diferente?
O que nós fizemos para que as histórias em quadrinhos não fossem consideradas coisa de moleque?
 
Note bem! Digo “nós” porque também quero deixar clara a minha parcela de culpa neste cenário. Esta é a primeira vez que vou me colocar na posição de quadrinista profissional, pois segundo a lógica, “profissional” é aquele que ganha dinheiro com o ofício e como já ganhei alguns trocadinhos com os banners aqui do Nanquim na Unha, isso me dá permissão para entrar na classe. O que eu faço aqui no site não é paçoca afinal de contas. Eu sou e pronto, quer você goste ou não, certo?
Parando pra pensar, essa discussão é totalmente boba se levarmos em conta que se eu dependesse única e exclusivamente de quadrinhos pra viver, estaria realmente fodido. Artista de história em quadrinhos nem é uma profissão reconhecida pela grande maioria da população, certo? (em tempo, vale dizer que a colocação não é minha, mas sim de um artista conhecido meu, que trabalha ou trabalhou para o mercado americano).
Você pode até ficar indignado e bater o pé nos comentários sobre essa afirmação, mas a realidade é uma só:
 
Nossa sociedade só vai deixar de ver quadrinhos como coisa de moleque quando eles começarem a gerar DINHEIRO PRA VALER NO NOSSO BOLSO. As coisas só vão mudar quando a sua história em quadrinhos comprar seu apartamento, pagar a escola do seu filho, o computador, a conta de luz, telefone, o mercado e outras coisas que umADULTO DE VERDADE costuma fazer.
A solução que alguns artistas encontram é abandonar o mercado nacional (na verdade alguns nem entram nele) para conseguir uma remuneração decente trabalhando para as gigantes Marvel, DC e similares. Não é culpa deles. Eu mesmo iria se tivesse oportunidade e você também, pois é lá onde está o dinheiro de verdade. Idealismo é bonito, mas não dá pra pagar a conta de luz com ele, meu filho.
O grande problema é que o destino de boa parte desse pessoal é tentar retornar ao mercado nacional quando seu estilo fica obsoleto no exterior. É aí que o bicho pega, pois não existe praticamente nada por aqui.
A solução é tentar descolar freelas fixos como ilustrador em agências ou editoras, ou dar aulas de quadrinhos para novos futuros talentos que querem… trabalhar para o exterior! E assim temos uma maldita bola de neve.
Não pensem vocês que eu esteja desdenhando das soluções que esse pessoal encontra (mesmo sem ter publicado história em quadrinhos alguma na banca de jornal, eu mesmo já dei aula de quadrinhos. Sim, isso soa realmente estúpido, mas acredite… eu não sou o único) mas é triste ver que fora isso, não existe muita opção e muita gente fica rua da amargura.
Alguns mais capacitados conseguem abrir estúdios de desenho ou escolas e ganham até bem, mas é uma minoria. HQ que é bom mesmo ninguém mais faz. As agências de publicidade pagam bem mais.
Pensando nisso, eu gostaria de sugerir encarecidamente que estas escolas de quadrinhos se preocupassem também em ensinar o aluno algumas formas de administrar sua carreira como quadrinista aqui no Brasil e não apenas a fazer perspectiva como o Jim Lee ou coisas do tipo. Aliás, melhor ainda!
Você quer fazer quadrinhos? Então largue o lápis e vá fazer um curso de administração ou coisa que o valha, talvez seja bem mais útil.
Esse pessoal que trabalha pra fora é o menor dos problemas. Triste mesmo é a turma que quer fazer alguma coisa aqui mesmo no país. 
 
O mercado de quadrinhos no Brasil é um bêbado moribundo esperando pra ser empurrado da ladeira.
Nenhum de nós tem conhecimento o suficiente para transformar quadrinhos em um negócio.

Nenhum de nós sabe sequer começar.
 
Todo mundo só quer saber de desenhar, desenhar e desenhar até ser magicamente descoberto por um alguém invisível que vai torná-lo um milionário, sabe-se lá porque.
O brasileiro é o Yngwie Malmsteen do desenho. É técnica, hachura, perspectiva olho de peixe, teoria das cores, firula, firula, firula … mas roteiro que é bom nada… feeling que é bom, nada…
Sabe por que isso acontece? Em parte por incompetência em não entender que não é só de desenho bonito que os quadrinhos vivem e também porque aqui o desenhista desenha para os outros desenhistas baterem palma.
 
Acredite, eu sei o que estou falando! Eu sou desenhista! Adoramos ouvir um “puxa… mas que bela panturrilha você fez! Ela é anatomicamente incrível!”
É um elogio bem legal, mas entenda que o taxista, a dona de casa, o português da padaria estão cagando e andando pra sua anatomia perfeita. Eles querem se divertir.
 
 
 
 
 
 
Todo mundo quer ouvir uma boa história, mas sabe por que quem faz quadrinhos no Brasil não consegue fazer isso?
 
PORQUE UM POVO QUE NÃO GOSTA DE LER, NÃO CONSEGUE ESCREVER DIREITO!
 
Parece que os artistas de hoje em dia estão vivendo numa era puramente visual! (Aliás preste atenção moleque, você que não trabalha e fica aí na internet bundando, pare de ler esse texto medíocre e vá até a biblioteca mais próxima! Leia tudo o que conseguir! Depois você não vai ter mais tempo! Depois vai te fazer falta).
Presos nesse maldito vortex visual, não observamos o mundo à nossa volta, não conseguimos entender o que as pessoas querem ler e aí chutamos a torto e à direito baseado no nosso mundinho de desenhista.
 
 
 
 
 
Caímos na mesmisse.
Ninguém quer ler sua história revolting cocks de moleque. Ninguém quer ler sobre o sentimento de revolta contra uma ditadura que já terminou nos anos oitenta, nem sobre a paunocuzisse intelectual da Vila Madalena ou mais uma versão cover de um herói da Marvel ou DC (afinal, se eu posso ler o original, pra que vou querer a cópia?).
 
 
 
Aí volta e meia sempre aparece alguém e cita: “Ah, mas nós temos Angeli, Laerte e Glauco!”
Concordo, mas esses caras já gravaram o nome deles na história dos quadrinhos lá nos anos oitenta.
 
 

 
 
Até quando vamos viver de Angeli, Laerte e Glauco? Até quando eles vão trocar as nossas fraldas?
 
 
 
 
 
 
Na verdade eu não sei o que as pessoas querem ler, mas você não é melhor do que eu, porque também não sabe. É uma sinuca de bico, amigo e não é fácil mudar esse quadro. Requer tempo, visão, planejamento, trabalho, dedicação e profissionalismo, coisas que não aprendemos a ter, mas que podemos tentar aprender de bons exemplos, gente como InagakiInterney, CardosoJovem NerdAzaghâl e tantos outros que, se não estão ricos, pelo menos vivem do próprio negócio. Você pode até não gostar de algum deles, mas eles sabem vender o peixe, sabem vender seu conteúdo. São exemplos de empreendedorismo que devemos seguir.
(AAAAAh… você não conhece nenhum desses caras, né? Não, claro que não… você só conhece o Alan Moore).
Veja só o que os nerds fizeram com ” A batalha do Apocalipse“! Veja só que PUTA sucesso estrondoso!
PROFISSIONAL! SÉRIO! MERECIDO! EXEMPLAR!
Os probloggers e podcasters dão um cacete na gente em termos de profissionalismo e empreendedorismo e nem sabemos de onde a paulada veio! Nós com nossos Deviantarts e fotologs… ppppffffffffff.
Eles não precisam de editora, não precisam de rádio, eles não precisam de nada. Eles fazem acontecer enquanto nós fazemos… perspectiva.
NÓS TAMBÉM NÃO PRECISAMOS DE EDITORAS!
Entra ano, sai ano e é a tudo a mesma coisa. Praticamente quase todo o mercado nacional de quadrinhos que realmente importa ainda é movimentado graças a um único sujeito: MAURICIO DE SOUSA.
Durante todos esses anos, o Mauricio fez muito mais do que nos mostrar qual era o caminho.
Ele ESFREGOU NA NOSSA CARA qual era o caminho, mas nós insistimos em não aprender.
Ele soube procurar gente como Sidney GusmanMarcelo Cassaro e outros para entender o que o público de hoje queria e como recompensa emplacou “Turma da Mônica Jovem“, o maior fenômeno de venda nacional de quadrinhos nos últimos tempos. De quebra, o sujeito ainda abre espaço para diversos artistas nacionais com os três MSP50.
Se você não entendeu a situação, eu vou traduzir:
Um senhor de 75 anos ainda é o mais revolucionário autor de quadrinhos no Brasil da atualidade!

POR QUE DIABOS NÓS AINDA NÃO APRENDEMOS?
O pior de tudo é ainda ter que ouvir gente dizendo “Ahh, o Mauricio não ajuda os outros”, “O Mauricio não colabora com o mercado” “O Mauricio não faz o mercado crescer”.
O que você quer, meu amigo? Que o Mauricio de Sousa limpe o seu popôzinho incompreendido?
Toma tua linha vagabundo e corra atrás do seu sonho sem jogar a culpa pelo que não deu certo nas costas dos outros.
Infelizmente dessa vez eu não vou culpar a ignorãncia da sociedade ou de uma livraria por considerar quadrinhos coisa de moleque. VOU CULPAR TODOS NÓS, desenhistas, roteiristas, editores e todos que trabalham com quadrinhos no Brasil, pois nós não conseguimos fazer absolutamente NADA para mudar esse quadro.
Este quadro é um tapa na cara do quadrinho nacional!
Que vergonha…

Rock Sujo - Bruno Aziz


Novos álbuns de quadrinhos baianos confirmados para 2012: Lucas da Feira em Quadrinhos, Turma do Xaxado e o Quarto ao Lado

Na segunda-feira passada, dia 17 de outubro, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) divulgou o resultado da megasseleção de projetos para serem financiados pelo Fundo de Cultura. Dos 838 projetos inscritos, 609 foram habilitados e, finalmente, 216 aprovados (veja lista completa em: http://www.cultura.ba.gov.br/wp-content/uploads/2011/10/Lista-de-projetos-selecionados_Demanda-Espont%C3%A2nea_-tabela-1.doc-1.pdf). Desses aprovados, 2 projetos são de edição e lançamento de quadrinhos baianos: a HQ "Sant'Anna da Feira, Terra de Lucas", de autoria de Marcos Franco, Marcelo Limae Helcio Rogério; e o "Livro de Encantamento da Maré de Vazante", do quadrinhista Antônio Cedraz. Juntamente com o projeto "O Quarto ao Lado", de Marcelo Lima e André Leal, a Bahia lançará 3 novos livros de quadrinhos em 2012.
Sant'Anna da Feira, Terra de Lucas
 
Em 2010, os roteiristas Marcos Franco e Marcelo Lima lançaram o álbum de 48 páginas "Lucas da Vila de Sant"Anna da Feira", uma biografia resumida de Lucas da Feira, fora-da-lei que viveu no século XIX, tendo sido um dos primeiros negros brasileiros a terpapel de liderança, montando seu próprio bando de salteadores pra sobreviver em meio à época escravocrata. O livro foi financiado pelo Edital de Apoio a Microprojetos Culturais, do Ministério da Cultura/Banco do Nordeste e apresentou as ideias destes autores. Bem-recebido, ganhou diversos prêmios da área de HQs, como o Troféu Ângelo Agostini, foi indicado ao maior prêmio da área, oTroféu HQ Mix, e recebeu o XVII Prêmio Expocom, concedido pela Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação em reconhecimento à pesquisa que embasa o quadrinho. 
 
Este primeiro trabalho da dupla, em conjunto com o desenhista Helcio Rogério, foi uma amostra do que planejaram desde o início do projeto. Baseado em dez anos de pesquisa, iniciada pelo autor Marcos Franco, o novo trabalho trará momentos diferentes dos narrados na edição anterior, dando atenção ampla pra história de Lucas e sua trajetória. Dessa vez, pormenores de sua vida e da sociedade de Feira de Santana do século XIX serão abordadas, em mais de 120 páginas de quadrinhos. O projeto se preocupa em elucidar a vida desta figura obscura da história baiana, que muitas vezes é tomada como folclórica, e disponibilizar uma leitura que agrade tantos os fãs de quadrinhos por sua capacidade estética e narrativa, quanto educadores, por seu cunho histórico e pedagógico. 
 
Na seleção acima citada o projeto obteve bastante peso, tendo ficado em primeiro lugar entre projetos das mais diversas linguagens artísticas e executados por artistas e produtores veteranos, conforme pode ser visualizado aqui, no Diário Oficial: http://imageshack.us/photo/my-images/225/lucasdafeira.jpg/
 
É o Bando de Lucas preparando, novamente, sua invasão! O projeto deve sair no segundo semestre de 2012.
 
 
Livro de Encantamento da Maré de Vazante
 
Os protagonistas da História em Quadrinhos "O livro de encantamento da maré de vazante" fazem parte da Turma do Xaxado, criação do baiano Antonio Cedraz. O livro apresenta uma série de aventuras, envolvendo o leitor em momentos mágicos que permite uma viagem pelo encantado mundo da Turma do Xaxado, com histórias de fantasia que trabalham elementos regionais do povo nordestino evidenciando a riqueza do sertão brasileiro, que retrata seus mitos em contraste com a dura realidade do semi-árido, apresentando também os aspectos culturais como a literatura de cordel, que o leitor poderá perceber nas rimas do livro de encantamentos. É uma obra que convoca uma reflexão sobre a cidadania, cultura e folclore, ao mesmo tempo em que entretém e diverte.
 
A Turma do Xaxado é uma turminha heterogênea como o povo brasileiro: o esperto Xaxado é neto de um famoso cangaceiro que vivia no bando de Lampião; o preguiçoso Zé Pequeno adora ficar deitado na rede, vendo a vida passar; a estudiosa Marieta é a radical defensora da língua portuguesa; o egoísta Arturzinho é filho de um rico fazendeiro e faz questão de deixar bem claro que nasceu “em berço esplêndido”; o sonhador Capiba é um aspirante a cantador nordestino, e a consciente Marinês é a protetora e amiga número um da natureza.  Eles vivem em uma pequena cidade do interior, mas suas aventuras não se limitam a este espaço. Volta e meia estão na cidade grande ou em espaços imaginários, convivendo com muitos dos seres fantásticos que povoam a cultura brasileira – como o Saci, a Mula-sem-cabeça e o Caipora – ou em aventuras com livros encantados, anjos, monstros e muita ação.
 
Passeando pela cultura brasileira, as historinhas da Turma do Xaxado falam das coisas da nossa terra, nossos encantos e problemas, mas sem perder de vista a universalidade da experiência humana. Suas histórias são para crianças, mas também encantam adolescentes e adultos, pois não abrem mão de um olhar crítico sobre a realidade do Brasil. Sendo assim, é material privilegiado para uso na educação cidadã nas escolas e dentro dos núcleos familiares. 
 
O álbum será composto de 48 páginas de miolo com histórias coloridas em tamanho 20.0 x 27,5 cm e deve sair no primeiro semestre de 2012.
 
O Quarto ao Lado
 
Por fim, está em produção a HQ "O Quarto ao Lado", da dupla Marcelo Lima e André Leal. O trabalho trará três histórias sobre adolescentes e jovens adultos vivendo etapas decisivas de formação e questionamentos de suas vidas sexuais. Os autores querem trazer à tona os dramas vividos nos dias de hoje, onde a diversidade sexual é alardeada com campanhas de respeito às diferenças, mas que não dão conta do dilema da diversidade de si próprio vivido por cada pessoa. A HQ trabalhará com personagens de diferentes vivências sexuais se defrontando com intensas mudanças e novidades em suas práticas e relacionamentos e como suas vidas se configuram a partir de então. 
 
Uma das intenções dos autores não é defender nenhum "estilo de vida" ou "identidade sexual", mas sim problematizar as relações que se formam no atual contexto social de igualdade e diferença, com especial preocupação em inserir o "H" dentro do termo LGBT, pois acreditam que as conquistas dos movimentos sociais no campo da sexualidade só são alcançadas com problematização de todas as identidades sexuais.
 
Em fase de finalização do roteiro, "O Quarto ao Lado" deve sair no primeiro semestre de 2012 e também é financiado pelo Fundo de Cultura, através do Edital de Cultura LGBT.

21.10.11

XAXADO ANO 4 – 365 Tiras em quadrinhos.




Novo volume da coleção anual do Xaxado, desta vez contemplando as tiras 1096 até 1460, em ordem cronológica.

Data do lançamento: 30 de outubro (domingo)
Local: Bienal do Livro da Bahia (Centro de Convenções da Bahia)
No estande da Turma do Xaxado a partir das 16 horas.
 
 
“A inocência pode ser um disfarce perfeito para muitas coisas.
 
Assim como algumas comédias de Billy Wilder escondiam críticas demolidoras ao American Way of Life, os quadrinhos de Antonio Cedraz costumam trazer, sob a aparência fofinha de uma HQ infantil, argumentos poderosos, virulentos mesmo, contra o coronelismo, a exploração do homem pelo homem, a seca fabricada do Nordeste, a hipocrisia que permeia as relações humanas e muitos outros temas incomuns em uma HQ supostamente feita para distrair crianças.
 
E com um detalhe importante: sem jamais cair na deselegância árida do cartum politicamente engajado ou partidário ou sindicalista.
 
São HQs que se prestam a diversos patamares de leitura e fruição, podendo ser entendidas e apreciadas tanto por crianças, quanto por adultos das mais diversas classes sociais e níveis de instrução.
 
Do trabalhador braçal quase iletrado ao intelectual mais ilustrado, da criança ainda inocente ao adulto mais descrente – todos podem captar alguma coisa, todos podem extrair alguma mensagem das tiras do Xaxado.
 
Nem que seja apenas uma gostosa risada.”
 
-Chico Castro Jr.
Jornalista

“O trabalho de Antonio Cedraz se destaca no cenário dos quadrinhos brasileiros pelo seu forte enraizamento cultural, fazendo, numa linguagem leve e ágil, a crítica sobre os conflitos políticos e sociais de nossa terra. Melhor expressão do quadrinho-cartum, a Turma do Xaxado, com seus personagens originais e cativantes, mostra a vida dura do nordestino, mas sem perder o bom humor.”

-Henrique Magalhães
Cartunista e editor da Editora Marca de Fantasia


“A arte produzida por Cedraz se impôs e se impõe sozinha pela qualidade inerente, cuja simplicidade, criatividade e comunicabilidade são universais. Suas historinhas encontram espaços por serem inteligentes, bem roteirizadas e engraçadas sem perderem o senso reflexivo e educativo.”

- Sérgio Mattos
Jornalista, professor, poeta e escritor
 
 

Antonio Cedraz

18.10.11

Antologia Rabiscos de desenho e arte contemporânea terá turnê de lançamento no mês outubro

Coletânea apresentará trabalhos de sete jovens artistas baianos e iniciará turnê de lançamento no MAC de Feira de Santana
No dia 21 de outubro (sexta-feira), a partir das 20 horas, o Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira (MAC) receberá o lançamento da Antologia Rabiscos de Desenho e Arte Contemporânea.
O livro, que será distribuído gratuitamente, apresenta seleção de trabalhos de sete jovens artistas baianos que transitam entre diversas linguagens gráficas, tendo como expressão principal o desenho. Foram escolhidos quatro artistas provenientes do interior da Bahia – Marcio Junqueira, Don Guto, Carol Belmondo e Zé de Rocha – e três desenhistas soteropolitanos – Daiane Oliveira, Bruno Marcello e Davi Caramelo. As artes presentes na coletânea estão dividas em duas seções: uma que apresenta trabalhos coloridos e outra que reúne obras em preto-e-branco e tons de cinza, resultando em mais de quarenta desenhos reunidos nas cem páginas da edição.
Colaborou com a capa da Antologia Rabiscos o veterano artista argentino Jorge Abel Galeano, que também ilustrou as páginas que abrem e fecham a seção de trabalhos coloridos. O crítico de arte e pesquisador Leandro Furtado assina o texto de posfácio.
O lançamento contará com exibição (numa parceria com o Coletivo  Inovacine) do longa “O mágico” (L'Illusioniste, de Sylvain Chomet), discotecagem com o DJ Don Maths e oficina de desenho da artista Carol Belmondo. As inscrições para a oficina serão feitas através do blog www.antologiarabiscos.wordpress.com
Após o lançamento em Feira de Santana a Antologia Rabiscos segue para lançamento e realização de oficinas em mais dois espaços: no dia 27/10 no Solar do Biju,em Santo Amaro, com oficina de Zé de Rocha; no dia 28/10 no Pouso da Palavra em Cachoeira, com o oficineiro Bruno Marcello. Mais novidades sobre os lançamentos podem ser vistas no blog do projeto.
A Antologia Rabiscos é um projeto editorial ligado à Coleção Rabiscos, editada pelo Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira. Nascida em 2010, aColeção Rabiscos publica pocket books de desenho. Esta antologia aposta num formato maior e com melhor acabamento que procura ampliar o alcance e divulgação das artes visuais baianas.
O projeto da Antologia Rabiscos é apoiado e financiado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), possui apoio do MAC e da Balão de 2 – Narrativas e Arte Sequencial .
O quê: Lançamento da Antologia Rabiscos de Desenho e Arte Contemporânea + Oficina de Desenho + Exibição do longa “O mágico”  (Coletivo Inovacine) +  Discotecagem com DJ Don Maths
Quando: 21/10/2011 (sexta-feira) A partir das 19 horas, exceto a oficina que acontecerá das 14-17h (desenho).
Onde: Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana - Rua Geminiano Costa, n°255, Centro, ao lado da Biblioteca Municipal Arnold F. Silva
Quanto: Entrada franca no evento e oficina gratuita.
Contatos:
Inscrição na oficina e contato sobre o evento:
Telefones: (75) 8231-8552

4.10.11

I Festival Anual de Quadrinhos em Salvador



A capital baiana sediará o I Festival Anual de Quadrinhos (FAQ), entre os dias 06 e 09 de outubro, no Salvador Shopping. O evento é o primeiro, na Bahia, voltado exclusivamente para os quadrinhos, e contará com a ilustre presença do cartunista Maurício de Sousa, além do desenhista Luis Augusto, criador do Fala Menino!
Promovido pela Multi Planejamento Cultural e pela Fala Menino Produções, o I Festival Anual de Quadrinhos pretende entrar para o calendário cultural da cidade, tendo como objetivo difundir os quadrinhos nacionais, em especial a produção baiana e brasileira, promovendo o intercâmbio cultural entre autores, artistas e o público.  Na programação, estão previstas diversas atividades, como bate-papos, exposições, oficinas, espaço infantil, show e lançamento de livros.
Além do Festival, as duas produtoras também estão à frente do I Salão de Humor da Bahia, que recebeu inscrições de 141 obras entre tiras, cartuns e charges de artistas de todo o Brasil. Os vencedores serão anunciados e premiados durante a abertura do Festival.
Veja programação abaixo: